Entregador é vítima de agressões verbais em Valinhos
8 de agosto de 20200
Motoboy registrou um boletim de ocorrência contra ofensor
A saber, no interior de São Paulo, um entregador foi vítima de agressões verbais e racismo.
Primeiramente, um vídeo gravado em um condomínio em Valinhos na semana passada ganhou as redes sociais nesta sexta (7). Nele, um motoboy recebe insultos racistas do cliente.
“Seu lixo. Você tem inveja dessas famílias aqui”, por fim, disse o agressor. “Eu também posso ter a mesma coisa que o senhor”, todavia, respondeu o entregador. “Você tem inveja disso aqui (mostra a pele), Você nunca vai ter”, assim, disse o agressor.
O homem que faz as agressões é Matheus Almeida Prado Couto , assim como, as ofensas são pesadas ao entregador Mateus Pires Barbosa.
Logo depois, o agressor cuspiu no motoboy, pegou a notinha do restaurante e jogou nele. Aí ele olhou para notinha no chão e falou:
Está vendo? “Você é lixo, tem que pegar. Você é igual a esse papel”.
O homem ainda ironizou a profissão do entregador
“Você trabalha de motoboy “filho”, e se trabalha de motoboy, portanto, você é semianalfabeto “moleque”. Você ganha o quê? R$ 3 mil? Você não tem nem onde morar, moleque”, disse. “Claro que tenho. Só porque você mora dentro de um condomínio?”, afirmou o motoboy. “Você tem inveja de mim, tem inveja disso aqui”, insistiu o agressor.
O motoboy chamou a Guarda Municipal quando ainda estava, em suma, no condomínio.
Todavia, a Polícia Civil de Valinhos não abriu inquérito. Segundo o delegado titular, o motivo é que a vítima não teria demonstrado interesse em processar, por fim, o agressor. No dia da ocorrência, seja como for, o pai do homem responsável pelos insultos esteve na delegacia e disse que o filho faz tratamento contra esquizofrenia.
O boletim de ocorrência diz que o pai do agressor apresentou um documento que comprovaria que o filho faz tratamento de saúde mental relacionado a esquizofrenia. Mas a polícia de Valinhos diz que não tem esse documento.
“Até esse momento, não tenho conhecimento. Constou-se inclusive, no boletim de ocorrência, que o pai teria exibido esse documento. Como não era eu quem estava de plantão, que fiz a ocorrência, eu não posso dizer, assim, com absoluta certeza. Ainda não” afirmou, por fim, o delegado Luís Henrique Apocalypse Joia.
Imprensa
A imprensa tentou contato com o agressor.
Repórter: Pode dar sua versão sobre o que aconteceu? “Agora não. Só semana que vem”, ele respondeu.
Por mensagem de celular, o pai dele disse que vai comprovar tudo isso na devida instância.
“O que eu quero é que ele pague, segundo a lei. E que ele aprenda que as pessoas também têm o seu devido valor, seja lá qual for a profissão, seja qual for a pessoa que está fazendo, seja qual for a raça. A pessoa trabalha com isso ou aquilo, todos nós somos importantes”, afirmou o motoboy.
O presidente Jair Bolsonaro se solidarizou com o entregador vítima de racismo em Valinhos. Numa rede social, Bolsonaro disse que, independentemente das circunstâncias, atitudes como esta devem ser totalmente repudiadas. Bolsonaro escreveu que a miscigenação é uma marca do Brasil. Nas palavras do presidente, “ninguém é melhor do que ninguém por conta de sua cor, crença, classe social ou opção sexual”. Bolsonaro afirmou que a indignação dos brasileiros deve servir de lição para que atos como esse não se repitam.
Reinaldo Dutra, jornalista, fotógrafo e publisher dos portais Ego SP, SP Noite e Dia, Na Mídia, Giro das Estrelas, Jornal o Estado, entre outros. É também publisher das revistas Beauty Shape, Boss Magazine, Glamour Magazine, Elegance Magazine, Gloss Magazine entre outras.
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